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Irati PR, 11:08, 13°C

Participação da corporação envolve planejamento interno, voluntariado e cuidados técnicos para garantir a segurança no transporte da imagem de São Cristóvão
Subtenente Juarez Visinoni, da 6ºCIBM, participará pela 13ª da Procissão de São Cristóvão. Foto: Leticia H. Pabis.

Leticia H. Pabis

A tradicional Procissão de São Cristóvão, realizada anualmente em Irati, também mobiliza o Corpo de Bombeiros desde os bastidores. A corporação participa do evento com viaturas e estrutura adaptada, garantindo o transporte da imagem do santo e o apoio ao cortejo.

De acordo com o subtenente Juarez Visinoni, a participação começa com uma solicitação formal feita pela paróquia, que resulta na emissão de uma nota de serviço pelo comando da 6ª Companhia Independente de Bombeiros Militares (CIBM). O evento geralmente ocorre no domingo pela manhã, com concentração por volta das 8h para a Santa Missa, seguida pela procissão às 9h30. A montagem da estrutura no caminhão, com guarda-corpo de proteção, é uma das primeiras etapas do dia.

Durante o trajeto, a viatura principal transporta a imagem de São Cristóvão, o padre responsável pela bênção e outros convidados, acompanhados por bombeiros que atuam na segurança do grupo e da estrutura. Além do caminhão, outras viaturas também integram o cortejo, com condutores escalados conforme a disponibilidade interna.

A adesão dos bombeiros é voluntária, mas frequente. Muitos se dispõem a participar por conta do vínculo simbólico com o evento, que une fé, tradição e serviço público. É comum também a presença de familiares dos profissionais nas viaturas, o que reforça o caráter comunitário da ocasião. “É emocionante. Tem aquela situação em que a gente entra na igreja e sai com a procissão, levando o santo lá de dentro até a viatura, que vai no cortejo pela cidade. É bem interessante, e a gente percebe que o pessoal sempre acompanha, muita gente fica no trajeto, observando a passagem de São Cristóvão”, relatou o subtenente.

Fora do contexto da procissão, os mesmos condutores também atuam nas ruas em situações emergenciais. A condução de viaturas exige domínio técnico e atenção constante, especialmente em ocorrências de grande urgência. A prioridade legal no trânsito não elimina a responsabilidade com a segurança coletiva. “Aqui no quartel, são vários motoristas. Uma boa parte do efetivo atua nessa função. Eu, por exemplo, às vezes estou como motorista do caminhão, seja o de combate a incêndio ou o de resgate. Na hora da ocorrência, a adrenalina vem à flor da pele. Para dirigir a viatura, seja o caminhão ou a ambulância, dá aquela descarga de adrenalina, sim”, conta Juarez.

No contexto da procissão, o compromisso é outro, mas igualmente relevante: garantir que a participação da corporação ocorra com organização, respeito às normas e segurança para todos. A presença do Corpo de Bombeiros reforça a estrutura do evento e consolida sua integração com a comunidade, ao lado de outros setores que também se mobilizam anualmente.

A tradição se repete a cada ano, pois a Festa de São Cristóvão já está em sua 77ª edição, com os ajustes técnicos e operacionais necessários para acompanhar o crescimento do evento e o aumento no fluxo de participantes. “Desde criança eu já acompanhava essas procissões, porque antigamente elas passavam pela BR-277. E, como eu morava perto, no Nhapindazal, a gente sempre ia lá ver a passagem da procissão. Na época, eu nem sonhava em ser bombeiro”, finalizou.

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