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O projeto é uma parceria com a Equilíbrio: Terapias Integrativas e Complementares e tem como finalidade diminuir as tensões sofridas pelo setor de saúde neste momento pandêmico
Magalli é terapeuta e trabalha com a Microfisioterapia no projeto - Foto: Esther Kremer

Esther Kremer

O Consócio Intermunicipal de Saúde e a equipe Equilíbrio: Terapias Integrativas e Complementares localizada na Colônia Dom Inácio de Loyola, no Pinho de Baixo, estão oferecendo tratamento de terapia integrativa e complementar para os profissionais da saúde das regiões que fazem parte do CIS. Esse é um projeto que foi discutido e elaborado pela presidente do Consócio, Cleonice Schuck, e pela equipe de terapeutas da Colônia, como forma de amenizar os impactos que esses profissionais sofrem por conta da pandemia.
O espaço tem o intuito de fortalecer a espiritualidade, o autoconhecimento, o bem-estar, a agroecologia de conservação da natureza e também o incentivo à uma alimentação saudável e orgânica.
O setor da saúde não parou durante a pandemia e também sofreu com perdas de amigos e familiares, usar as técnicas das terapias sugeridas pelo Consórcio e pela Equilíbrio, servem como forma de conforto e auxílio nesse momento em que é preciso cuidar tanto do físico, quanto da saúde mental.


A terapeuta Ana Magalli Arruda explica que as PICS (Práticas Integrativas e Complementares do SUS) foram institucionalizadas em 2006 por meio de uma política pública nacional, e foi aprovada com 29 técnicas, sendo elas: a Apiterapia; Aromaterapia; Arteterapia; Ayurveda; Biodança; Bioenergética; Constelação Familiar; Dança Circular; Geoterapia; Hipnoterapia; Homeopatia; Imposição de Mãos; Antroposofia; Acupuntura (medicina tradicional chinesa); Meditação; Musicoterapia; Naturopatia; Osteopatia; Ozonioterapia; Fitoterapia; Plantas Medicinais; Quiropraxia; Reflexoterapia; Reiki; Shantala; Terapias Comunitárias Integrativas; Terapias de Florais; Yoga; Termalismo Social e Cromoterapia.


O projeto realizado em conjunto com o Consórcio oferece aos profissionais de saúde as seguintes terapias: a medicina tradicional chinesa, com Acupuntura, Auriculopuntura, as ventosas, o DoIn, os Florais de Bach, a Biodança, a Microfisioterapia, a Arteterapia com mandalas, a cromoterapia e a fitoterapia. Segundo a terapeuta “eles aprendem a fazer, para fazer em casa, para dar continuidade até mesmo no seu trabalho”, disse.
Magalli ainda explica que “é importante saber que elas são integrativas e complementares, são adicionais, elas não substituem o tratamento tradicional, o alopático, por isso leva esse nome, integrativo e complementar”, disse.
A diretora administrativa do Consórcio, Angela Maria da Cruz Cardoso, comentou que a finalidade do projeto foi aliviar um pouco a tensão e a pressão que os profissionais da saúde sofrem durante a pandemia, muitos fazem o uso de fortes medicamentos para controlar a ansiedade, ela ainda disse “foi pensando nisso que o Consórcio foi atrás dessas terapias alternativas, em busca de algo que fosse além do tratamento convencional”.
As terapias não são obrigatórias e a seleção de quem pode participar, ficou a critério de cada município. Os custos desse tratamento, segundo a diretora administrativa, foram normais, assim como os demais processos de credenciamento quanto a publicações.


A dona da clínica e também terapeuta, Maria Cristina Medeiros, conta que o local foi criado em 2018, por ela e seu marido, que faleceu há cinco anos. No projeto, ela trabalha com as terapias de Florais de Bach e também com a Fitoenergética, onde é feito o uso de 108 ervas medicinais para o equilíbrio dos chakras.


O espaço conta com 33 metros quadrados, áreas externas com bosques e lagos, uma pousada que ainda não foi inaugurada, também as salas de atendimento e um dos principais atrativos, a trilha da estrela, um local com 300 kg de cristais que foram trazidos de Goiás, o espaço é utilizado também como uma forma de terapia.

Relatos sobre as terapias
A enfermeira e coordenadora da Atenção Primária do Município de Mallet, Aline Karla Donda, relatou sua experiência com as terapias e disse: “a gente não conseguiu parar durante essa pandemia, ficamos um ano todo trabalhando, focados, e esquecemos da nossa saúde mental e do nosso corpo. Então ter esses momentos em que podemos parar e pensar um pouco em nós mesmos, faz com que possamos nos enxergar novamente”.
A enfermeira comenta que as terapias auxiliaram muito no atendimento aos pacientes, pois muito do que aprenderam na Colônia, levaram para o ambiente de trabalho, ajudando também a população.
Silvania Aparecida Matozo é agente de saúde no município de Rio Azul e também deu o seu relato “quando eu cheguei, eu estava tomando Sertralina, eu andava muito ansiosa por causa da pandemia, agora já faz uma semana que eu não tomo o remédio e estou me sentindo bem, então para mim é muito valioso estar aqui”. A agente de saúde ainda comentou sobre a importância das terapias para os profissionais que atuam na linha de frente do combate a Covid-19, e agradeceu pelos cuidados e pela atenção das terapeutas.
Segundo a terapeuta Magalli, os resultados estão sendo nítidos, todos que passaram pelo tratamento chegaram desestruturados e ao fim de cada sessão, saíram da clínica mais aliviados, felizes, sorrindo e com boas energias, alguns até mesmo deixando de tomar remédios.
Assim que chegam para as consultas, os pacientes são direcionados a uma triagem, lá são colhidos os dados vitais na chegada e na saída, logo, ao fim do projeto, as terapeutas terão dados científicos que comprovam a eficácia do tratamento com as terapias integrativas e complementares.

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